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A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

24 Fev, 2014

Virtus - Sinónimos

 

 

Letra

 

 

Eu sou um gajo que se baralha por fases
Quanto mais cresço decresço pela vontade de dizer centenas de frases
Eu sei que idades reservam decisões feitas a dois
Estou contigo mas ainda não decido sem falar para os botões
Qual o sinónimo ? Eu sei qual o homónimo
É dizermos Amor mas com sentidos pouco próximos
Somos um oposto perfeitamente combinado
Porque nós só concordamos em nunca termos concordado
Eu sempre fugi às regras e prazos
Até daria um espaço no tempo
Se outros tempos não ocupassem tanto espaço
A questão passa por tudo ser baço
Por eu ser mudo e não dar tudo e tu do nada seres um ponto fraco
E de certo modo posso dar-me por vencido
Pelo teu certo modo maternal de lidares comigo
O destino é duro e não o parto, nele parto
É que quando te afronto num futuro eu conto mais que um parto

As idades fazem parecer isto uma falha
Não é por isso que deves achar que não te ouço enquanto falas
Enquanto falas, desabafas e vês-me como um moço
E no silêncio há um pretexto para eu guardar as mãos no bolso
Pensas que eu não sei de nada, enquanto estás deitada ?
A alimentar esperanças com a televisão ligada
Não te sentes bem aqui, e sei que serias realizada
A passear em ruas francesas durante a madrugada
O frio apodera-se das frinchas da janela mal fechada
Do espaço entre os dedos pousados entre nada
De um maço de medos com tabaco lá metido
E tu farta de o amassares de tanto fumares aquilo
O pânico de não estares no teu sítio
E vê-lo nos teus arrumos como um peluche antigo
É ingrato como a arte questionar quem somos nós
E o que é hábito é que se devia habituar a nós

Ao contrário do que eu fiz, cá para mim
Às vezes lembro-me de te encontrar quando sempre estive perdido em mim
O apego que a tua pele dita nas mãos com três dezenas de anos
E por três dezenas vamos ressuscitar os ramos ?
Seria eterno, as minhas mãos na tua face
Até segurar a tua velhice sem que nenhum dos dois notasse
Não sei se era suposto tu seres sempre o meu encosto
Sem ser preciso fechares-me os olhos por algum desgosto
Não há estilos que nos façam comuns porque isso cansa
E tu não, ao ver-te com os pés descalços enquanto danças
Deito-me e entrego todo esse peso ao sono
Enquanto o (meu) cobertor teima com forma do teu corpo

Refrão
Não sei porque é que estás
Não sei porque é que vais
E porque não ficas onde eu estou
Não sei porque é que és
E porque não me dizes
E para onde vais eu também vou

Saio à noite, confesso, como homem vulnerável
Ao sexo, tipicamente perverso,
Só que noite é uma loja de brinquedos, compras bonecas lindas
Com a pinta, mas pontaria só vê garantia de dois anos
E antes há uma série de planos que não passam de enganos
E ultrapassam a burrice de nos apaixonarmos
Brindam os copos para pingar os corpos e depois põem-te em qualquer lado
E eu tenho quarto, obrigado
" Acabaste há quanto tempo ? Quem foi essa pessoa ? "
E deviam conhecer-te quando falo na primeira pessoa
A base da sedução não é a base da solução
Porque elas puxam tensão para quem só quer atenção
Enlouqueço nessa luta, passo a ter tantos nomes
Que a minha escuta disputa com a voz de dentro por mexer no teu nome
Desculpa não o ter previsto
É porque o teu nome existo enquanto alucino ou enquanto elucido

Não falo à toa, antes tivesse acostumado
Tiraram-me dez mil palavras para não ser bom namorado
Egoísta ? Nem tanto por parecer cagar para tudo
Eu salvo primeiro os meus antes de querer salvar o mundo
Tenho as minhas tripes e vivo numa postura
Moldei o meu rosto ao teu em vez de pô-los numa moldura
(Se) não te disse amo-te mil vezes não foi por ser incapaz
Quanto mais se trabalha menos tempo há para dizer o quanto se faz
Eu trabalhei no meu espaço
E sabes que eu não sou o macho que se alimenta da mulher pelo tacho
Eu curtia ver uma casa t2 para começar
Ou escolher um compromisso sem apontar com o anelar, para já
Sozinho, tudo o que eu sou é posto à prova
E quando perco o fôlego não te vejo a dar-me as dobras
Eu optei por ficares ausente
Contra factos não há argumentos e de facto esse é o meu argumento
E o mesmo podia ser mudado, mas eu sou pouco exacto
Por querer milhares de cenas e a resposta ser sempre " exacto "
Exacto, o que nos une nunca foi óbvio
Somos dois contrários que sempre foram sinónimos
Funcionais como a tv com preto e branco
Distantes um do outro mas precisam-se entre si
E no entanto encaixam por razões boas ou más
O importante não é o que o amor traz, é quem o traz

Refrão
Não sei porque é que estás
Não sei porque é que vais
E porque não ficas onde eu estou
Não sei porque é que és
E porque não me dizes
E para onde vais eu também vou

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