Letra
Trabalha noites inteiras
o Almeida Varredor
enxotando a varejeira
pelas ruas ao rigor.
Perguntei-lhe a começar
pela vida e ele disse:
“(…)Eu danço quando ouço cantar
Afina a corda, ó tocador
Que eu vou-me pôr a contar
a vida dum varredor.
Tudo se passa e resume
entre um esgoto que arrota,
o cheirete e o azedume sem sabor
desta vida que se enxota,
e Portugal tem o costume.
E varre, varre senhor varredor,
pois com o teu varrer
assim faz outro mundo
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Sete saias tem Mariana e um emprego em Miraflores viveu ontem de recados mas hoje vive de amores sete carros vão chegando pelas tardes de Belém com sete homens que a beijam entre Sintra e o Cacém não tenho amores nem tenho amantes pois quantos amados não sei tenho alguns amadores olha para mim lá na terra onde morei escutava pela rádio o folhetim sete saias tem Mariana à noite no Parque Mayer dança bolero em dó menor ali (...)
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Não canto porque sonho. Canto porque és real. Canto o teu olhar maduro, teu sorriso puro, a tua graça animal. Canto porque sou homem. Se não cantasse seria mesmo bicho sadio embriagado na alegria da tua vinha sem vinho. Canto porque o amor apetece. Porque o feno amadurece nos teus braços deslumbrados. Porque o meu corpo estremece ao vê-los nus e suados.
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Lembra-me Um Sonho Lindo
Fausto
Lembra-me um sonho lindo quase acabado, lembra-me um céu aberto outro fechado Estala-me a veia em sangue estrangulada, estoira num peito um grito, à desfilada Canta rouxinol canta não me dês penas, cresce girassol cresce entre açucenas Afoga-me o corpo todo se te pertenço, rasga-me o vento ardendo em fumos de incenso Lembra-me um sonho lindo quase acabado, lembra-me um céu aberto outro fechado Estala-me a veia em sangue es (...)
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Abraça-me bem, cobre meu corpo enfin nesse agasalho São os teus braços sim, cuida de mim Basta-me um gesto, porém, abraça-me bem Bem no teu colo Chega-me mais a ti, um pouco mais... Suavemente assim tudo por fim são mágoas que eu consolo bem no teu colo Todo este céu de pássaros e tons muito assombrados traz o teu ser tão bom, todo este som, decerras o meu véu...todo este céu Lançado à Terra sob restingas e ilhéus, nas sombras de asas... Lembram a (...)
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O tempo tem lá dentro uma espiral uma espiral que se chama história e que num andar natural e por força de vontade resolveu ter um capricho chamado liberdade tão material como qualquer planeta num constante movimento em harmonia universal A história tem lá dentro um mecanismo habitado por homens tão diferentes e que me perdoem o aforismo se os mais pobres da nação resolveram ter um desejo chamado revolução acto imortal de quem torce o rumo à vida arrasando (...)
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Navegar navegar Mas ó minha cana verde Mergulhar no teu corpo Entre quatro paredes Dar-te um beijo e ficar Ir ao fundo e voltar Ó minha cana verde Navegar navegar Quem conquista sempre rouba Quem cobiça nunca dá Quem oprime tiraniza Naufraga mil vezes Bonita eu sei lá Já vou de grilhões nos pés Já vou de algemas nas mãos De colares ao pescoço Perdido e achado Vendido em leilão Eu já fui a mercadoria Lá na praça do Mocá (...)
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O barco vai de saída Adeus ó cais de alfama Se agora vou de partida Levo-te comigo ó cana verde Lembra-te de mim ó meu amor Lembra-te de mim nesta aventura P´ra lá da loucura P´ra lá do equador Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar Da pátria a pouca fartura Cheia de mágoas ai quebra mar Com tantos perigos ai minha vida Com tantos medos e sobressaltos Que eu já vou aos saltos Que eu vou de fugida Sem contar essa história escondida Por servir de (...)
O mais recente disco de Fausto Bordalo Dias traduz o final de uma aventura em formato de triologia. "Por Este Rio Acima" foi o começo, em 1982, seguindo-se "Crónicas da Terra Ardente", em 1994. "Em Busca das Montanhas Azuis" foi editado no final do ano passado. Um disco duplo, onde Fausto descreve a entrada dos portugueses em terra firme no continente africano. Um trabalho que revela uma nova aproximação à música tradicional portuguesa. Os bilhetes estão disponíveis nos (...)
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Uns vão bem e outros mal Senhoras e meus senhores, façam roda por favor Senhoras e meus senhores, façam roda por favor, cada um com o seu par Aqui não há desamores, se é tudo trabalhador o baile vai começar Senhoras e meus senhores, batam certos os pézinhos, como bate este tambor Não queremos cá opressores, se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador Vai-se embora o mandador Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres F (...)
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