Letra
debruçada no parapeito vestida com um certo desleixo a sombra a giz desenhada no chão apenas durmo mal
alguma informação um mapa mal desenhado serei suprema nunca serei nada
todo o teatro inútil o razoável insucesso não tenho jeito para estas coisas nunca devia ter hesitado
meti-me para dentro roupa interior feia a menina devia ser fuzilada juntamente com as suas companheiras
Letra
A viúva bebe do cipreste e é na orla da espuma, na maré negra celeste a estrela que se arruma Fosco abat-jour de enfados, falhas de luz desafinada, um relógio de estragados ponteiros em debandada. Um saco de mercearia nervosa de asa sem par: um só prato para o jantar, Água de Agosto cortada, cimo de escada ofegante e um livro fora da estante
Letra
Ele há gente que vive de si Ele há vícios de que a gente se ri Todos me falam nunca os conheci Assisto ao seu enterro metam-nos pr'aí Os meus sentidos pêsames Que pena não viveres mais aqui Ele há músicos qu'eu nunca ouvi Ele há estilistas qu'eu nunca vesti Ele há críticas que eu nunca percebi E até managers de quem não recebi Os meus sentidos pêsames Sinceros parabéns por desistires de vencer Os meus sentidos pêsames Saudades de quem (...)
Letra
Porque tenho eu Frieiras se nunca tiro as luvas? Porque tenho eu arranhões Se os meus gatos são meigos? Como dizia uma pobre rapariga Que era criada e mal sabia ler Também eu vou dizer Coração partido Pé dormente Vou para a cama Que estou doente Porque me traíste tanto Se os meus gatos são meigos? Porque me traíste tanto Se eu nunca tiro as luvas?
Letra
Está um rapaz a arder em cima do muro, as mãos apaziguadas. arde indiferentemente à neve que o encharca Outros foram capazes de lhe sabotar o corpo, archote glaciar nunca ninguém apagou esse lume
Letra
A contas com o bem que tu me fazes A contas com o mal por que passei Com tantas guerras que travei Já não sei fazer as pazes São flores aos milhões entre ruínas Meu peito feito campo de batalha Cada alvorada que me ensinas Oiro em pó que o vento espalha Cá dentro inquietação, inquietação É só inquietação, inquietação Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer Qual (...)
Álbum de versões, «As Canções d'A Naifa», dá origem ao novo espetáculo do grupo O grupo A Naifa inicia a 8 de fevereiro, no Barreiro, uma nova digressão pelo país, que assinala dez anos de vida e um novo espetáculo, com o repertório do álbum «As Canções d'A Naifa». Entre fevereiro e maio, Mitó Mendes, Luís Varatojo, Sandra Baptista e Samuel (...)
Letra
apanhada a roubar como uma criança de vestido branco e sandálias consertei a figurinha um homem assim humilde lançado aos cães não sinto quase nada uma ligeira dor de cabeça gostavas de ser feliz farei o que puder para te impedir a cada novo dia o duro preço não consigo resistir nesse dia beijei muita gente se te magoei não foi intencional espero ainda que me perdoes uma inocente inclinação para o mal
Letra
Ai como eu quero viver no plural este singular é pior que mal cavaleiro ignoto na eternidade exílio nos mares da minha saudade
Ignorar em mim a maior solidão mesmo na rua sem tecto nem chão enganar o espelho com retratos de mim não tenham certezas, eu não sou assim...
Achado no Espaço esquecido pelo mundo
não tenho cansaço, Sou Eco profundo
Quero ser plural, Crescente, minguante
Viver num segundo o Eterno instante
não tenham certezas, eu não sou assim... (...)
Letra
Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
(...)
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