Letra
Seguiu no seu caminho dourado
Escolheu a ilusão
Não percebeu que era arriscado
Viver na escuridão do dia
Tapou os olhos para não escolher
O que o destino desejava
Escondeu com folhos para não ver
O que a luz denunciava
E assim viveu na mentira
Com o futuro embargado
Presa ao presente que delira
Com a febre do passado
Escondida numa rocha invisível
Aos olhos da crueldade
Meio perdida na certeza
Da imutável realidade
Acomodou-se à vil rotina
De não ser para não sofrer
Ficou tapada pela cortina
Do dever e do parecer
Pensou não ser capaz
Ficou a olhar para trás
Não soube ser audaz à luz do dia
Esperou até que a sorte
Lhe indicasse o Norte
E o tão esperado corte nunca aconteceu...