Luís Severo - Escola
Letra
noite de insónia pesadelos paranóia
toca o relógio acordo pra fingir que tou bem
do primeiro beijo ao frio de Santa Apolónia
a espera do combóio foram braços de mãe
é tenra a cabeça cada vez mais esperta
sem coisas de rapazes a que nunca me dei
fui à escola aprender a estar sempre alerta
e a não confiar em ninguém
meu amor deixa uma porta aborta
não vá peder o chão
vem comigo à descoberta
e se perder o chão
volta ao deserto
para andar pelo deserto
com o mesmo vento na cara para o gelo do meu coração
nos passos em volta para descer os bons dias
sem más companhias para apanhar a urbana
meu corpo indefeso, tanta perna no shopping
boca de novo rico para fechar a pestana
dos filhos marados, dos divórcios passados
dos dois mil enterrados na saudade que aperta
da escola que é a melhor parte da vida
mas só porque a vida é mesmo uma merda
meu amor deixa uma porta aborta
não vá peder o chão
vem comigo à descoberta
e se perder o chão
volta ao deserto
para andar pelo deserto
com o mesmo vento na cara para o gelo do meu coração