Gisela João edita o seu primeiro disco
Gisela João edita o seu primeiro disco
Mas Gisela João decidiu-se enfim. Num album onde os 14 temas revelam uma realidade que mesmo quando dura deve ser enfrentada, Gisela João canta o seu fado muitas vezes triste e sobretudo dolente.
Neste trabalho Gisela fez novos arranjos, derivou para canções populares, até actualizou a Casa da Mariquinhas com uma letra de Capicua, uma rapper do Porto.
Nas histórias que canta, Gisela fala de amor e desilusão, olhando uma realidade social que revela tempos dificeis.
Neste disco, tudo o que pode parecer absolutamente novo é na verdade um retorno à génese do fado, à sua autenticidade maior.
A forma como Gisela se entrega às palavras, como se deixa levar por elas. É um fado menos estilizado, onde a abordagem dos instrumentos foge da sonoridade barroca habitual, mas no entanto não deixa de ser um fado mais genuíno., lê-se na nota de imprensa.
Embora minhota de gema como ela própria se afirma, Gisela João, fadista de voz poderosa e rouca, foi na Mouraria que mostrou aquilo que ela diz na parte final da última melodia do seu disco ”Não é fadista quem quer, mas sim quem nasceu fadista”.
Retirado do HardMúsica