Artistas organizam manifestação contra austeridade
«No seguimento das manifestações de 15 de Setembro, a cultura resolveu também manifestar-se num projecto multicultural que irá reunir a cultura nas suas várias vertentes, desde a representação, música e artes plásticas» disse a actriz Sofia Nicholson, em conferência de imprensa.
A atriz adiantou que os artistas portugueses pretendem transformar a Praça de Espanha, em Lisboa, durante o dia 13 de Outubro, num local de «grande concentração cultural» aberto a toda a sociedade, numa manifestação apartidária.
Com este protesto, os artistas pretende «dar a cara através da arte» que a cultura é importante para a identidade de um país.
Por sua vez o cantor Carlos Mendes, mentor da iniciativa, afirmou aos jornalistas que a cultura foi «atingida de uma maneira brutal» com estas medidas de austeridade.
«O que se pretende é um grito de revolta pelo que está a acontecer. Há que arrancar para um trabalho de cultura e resistência».
Já para um dos subscritores do apelo “Que se lixe a Troika! Queremos as Nossas Vidas!”, João Camacho, a manifestação cultural de 13 de Outubro vai ser “um festival aberto que obviamente vai ter a adesão de muitas pessoas”.
«O que se lixe a troika não foi um dia que acabou a 15 de Setembro. Mas sim uma porta de abertura para haver uma mudança na sociedade portuguesa», adiantou.
Na conferência de imprensa de apresentação do protesto, Nuno Cabral, do sindicato dos músicos, profissionais do espectáculo e do áudio visual (CENA), criticou a falta de investimento na cultura e adiantou que os artistas estão unidos, já que «o ciclo de austeridade só vai afundar o país, não sendo a troika e o FMI (Fundo Monetário Internacional” a resposta».
Entre os artistas que já confirmaram a presença estão os cantores Janita Salomé, os Homens da Luta, Pedro Barroso e Filipa Pais. O protesto contará também com momentos de teatro, artistas de rua, leitura de poesia.
Retirado do Sol