"The Cherry on my Cake” álbum de apresentação de Luísa Sobral
“Billie Holliday é uma referência marcante para mim, mas nos Estados Unidos acabamos por absorver muita coisa. Toquei com músicos franceses, colombianos, brasileiros e naturalmente norte-americanos, e é natural que tudo isto se reflicta na minha composição”, disse Luísa Sobral.
Luísa Sobral concorreu a um concurso televisivo para novos talentos, aos 16 anos, não ganhou, mas tinha uma certeza, fazer música, nomeadamente jazz, e decidiu partir para os Estados Unidos.
“A ida para Boston foi uma decisão clara do que queria fazer, e Berklee [College of Music] fazia todo o sentido se queria aprofundar a linguagem do jazz. Eu queria aperfeiçoar a minha arte”, disse.
“Em Berklee aprende-se a linguagem do jazz, a ouvirmos e a aprender, notando que este ou aquele músico fez determinada coisa, ou o tipo de ‘swing’. Aprende-se essencialmente a linguagem para comunicar com os outros músicos”, referiu.
Entretanto, passou por Lisboa e apresentou-se em 2009 no Festival Super Bock em Stock, gravou um EP e o primeiro álbum que é editado pela Universal Music.
Para este álbum aproveitou músicas do EP e composições nas quais trabalhava desde o 2.º ano em Berklee.
Luísa Sobral é a autora de 12 dos 13 temas – 10 em inglês e três em português –, que constituem o álbum, tendi salientado à Lusa o “excelente papel do arranjador”, o colombiano Juan Andrés.
“Saiu para a rua” de Carlos Tê e Rui Veloso, é o único tema que não é de sua autoria. Referindo-se aos outros dois em português, “Xico” e “O Engraxador”, Luísa afirmou que gosta de fazer “letras de certa forma cómicas e sarcásticas”.
Quanto ao seu estilo de composição e interpretação afirmou: “Sou muito na linha do Chet Baker, sou mais da escola ‘old style’”.
Entre as treze canções que afirmou gostar muito, há favoritas como “Not There Yet”, “After All”, “I Would Love To” e “Clementine”, esta última, emociona-a “até ás lágrimas”.
“’Clementine’ tem um bocadinho de Tim Burton, e é o nome da protagonista do filme ‘Eternal Sunshine of the Spotless Mind’ [de Michel Gondry, 2004] com Jim Carrey, e gosto do nome como ele é pronunciado em inglês”, afirmou.
Editado “The Cherry on my Cake”, Luísa Sobral planeia fazer a digressão pelas FNAC e na primeira semana de Maio apresentá-lo num concerto a marcar em Lisboa.
“Por agora estou aqui, quero dedicar-me a Portugal, tocar em vários auditórios. O próximo passo será a Europa, e com muita calma os Estados Unidos”, afirmou.
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