Festival Terras sem Sombra
Música com aromas, sabores e história no Festival Terras sem Sombra
Tendo como mote a frase de Santo Agostinho “Com Voz Suave e Bem Modulada”, o Festival Terras sem Sombra que começa a 24 de Março vai apresentar um elenco de grandes figuras do canto lírico como a soprano María Bayo, a mezzosoprano Maria José Montiel, o tenor Alexandre Guerrero e o barítono Damian del Castillo.
Com os pianistas Marta Zabaleta, Miguel Borges Coelho e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, e sob a direcção de Giovanni Andreoli, irão interpretar na igreja matriz de Sines a versão integral, da Petit Messe Solennelle, de Rossini.
Seguem-se Almodôvar, Beja, Grândola, Vila de Frades e Castro Verde, sempre com a presença de nomes de peso – e sempre em igrejas históricas, de grande beleza e excelentes condições acústicas.
Paolo Pinamonti director artístico do Festival criou um programa, que na área do canto revela alguns dos seus aspectos mais intensos e mais sugestivos, da polifonia do Renascimento à “opera seria” italiana e à vanguarda artística actual.
Estabelecer pontes entre as grandes páginas da música do passado e a criação contemporânea é uma prioridade.
Os cenários dos concertos são as “terras sem sombra do Alentejo”, onde, como assinala José António Falcão, director do Departamento do Património da Diocese de Beja e responsável pela organização deste ciclo de eventos, “estão os locais ideais para democratizar a música erudita numa comunhão com o património religioso e a natureza; a música é a chave-mestra, mas, a par dela, o festival explora todo o potencial de uma região – gastronomia, arte, biodiversidade –, promovendo-o dentro e fora das nossas fronteiras”.
A aposta do FTSS num programa de salvaguarda da biodiversidade que corre em paralelo aos concertos marcou, cedo, a diferença, tornando-o um conceito pioneiro, de certo modo único, ao nível internacional, como já reconheceram organismos de referência da área, entre eles o World Wildlife Found e a Europa Thesauri.
Via HardMúsica