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A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

Antónia Zambujo

Silêncio, António Zambujo vai cantar o fado!

António Zambujo vai lançar no próximo dia 02 de Abril de 2012 o seu novo álbum: “Quinto”. 


Em pleno Cais do Sodré, no Restaurante Sol e Pesca, ao som de uma banda recente de fado: O´ Questrada (Tasca Beat – o sonho português) e com o típico final de tarde lisboeta foi o cenário inspirador no qual o Hardmusica esteve à conversa com António Zambujo.

Um fadista português simplesmente divinal que consegue fazer com que a sua música se entranhe nas veias e através do sangue chegue rapidamente ao coração causando uma estranha adrenalina e um sentimento inexplicável que faz com que as emoções venham ao de cima.

A música para António Zambujo surgiu com os Corais Alentejanos no Alentejo. Desde muito jovem que sempre foi um apaixonado pela música tradicional e desde cedo começou a estudar clarinete e música clássica no conservatório. 

Sempre teve muito jeito para a música: “tudo aquilo de que gostava dava-me vontade de tocar e recriar” diz-nos Azambujo. 

Além de não ter ninguém na família que seguisse a carreira musical desde muito cedo que começou a ouvir fado e a interessar-se pelos grandes fadistas portugueses como a Amália Rodrigues, Max, António de Matos. 

Também ouvia algum rock português dos anos 80 e música brasileira que vemos muito demarcada nos seus álbuns: Ney Mato Grosso, Caetano Veloso, João Gilberto para começar e mais tarde Chico Buarque: “sem nunca, obviamente, personificar ninguém” confessa António ao Hardmusica.

Nunca teve muita vontade de ser dar a conhecer ao público. É uma pessoa muito tímida. Além de ter tido uma espécie de: “Onda Choque Alentejana” quando era pequeno só muito mais tarde num concurso de fado regional em Beja é que se deu a conhecer ao público. 
Contudo a sua personalidade não o atrasou e foi elogiado por um dos maiores nomes da música de todo o mundo dos últimos 50 anos: “quero ouvir mais, mais vezes, mais fundo (...) É de arrepiar e fazer chorar” (Caetano Veloso). 
Perante estas palavras António confessa que: “A primeira coisa que senti e pensei foi que ele deveria ser internado num hospício (risos). Não, fiquei muito feliz e admirado porque Caetano Veloso é de todos o que mais me influência”.

António Zambujo é um fadista maravilhoso que canta o fado com um toque diferente. Através dos batimentos do jazz, da música brasileira e cabo verdiana, as suas principais influências, fala-nos do Fado Desconcertado, da Rua dos meus ciúmes, da Madrugada, da Lambreta, da Fortuna e da Maré (temas do seu novo álbum).

O álbum que vai ser apresentado é uma reflexão de todas as influências do músico. É um disco com temas muito originais onde se tentou ao máximo produzi-lo de modo diferente: “a gravação do álbum foi feita num auditório com os cinco elementos a tocarem ao vivo, com as mesmas condições que são normalmente utilizadas num estúdio”.

Ao ouvir o álbum de Zambujo deparamo-nos com um pequeno toque de descontracção típico do povo brasileiro, com os tons livres e melódicos de Cabo Verde e com a improvisação, o blue notes, a polirritmia que o jazz traz consigo. 
Sem nunca, obviamente, esquecer a carga emocional do fado e da música alentejana.

No terminar da conversa, o Hardmusica perguntou a António Zambujo o que esperava alcançar com a sua música: “Nunca faço muitas previsões nem tenho muitas esperanças. Tocar e cantar sempre melhor que ontem, tentar escolher as melhores músicas que escrevi sem nunca sentir muito o peso do passado”. Para o fadista um verdadeiro artista é aquele que usufrui das coisas. Vive o momento sem nunca pensar muito no passado e no futuro.

O álbum “Quinto” será apresentado dia 24 de Abril de 2012 no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do Ciclo Músicas do Mundo. O concerto terá início às 21:00.

"Quando faço a minha música faço-a só para mim. Não imagino os outros!

Ah Fadista! 

Marta Martiniano

 

Retirado de HardMúsica

Letra

 

Já Não Te Sinto Em Mim

 

 Os Azeitonas

 

Eu e tu
Infelizmente
Não temos nada
Somos tecto sem lar

Eu e tu
Somos romance
Que já não tem 
Pernas para andar

Eu e tu
Já nada temos
Quero deixar-te
Mas é tanta a tentação

Eu e tu
Tínhamos tanto
Hoje só resta
Uma velha canção

Escuta atentamente,
Não volto a dizer
Sabes bem
O nosso amor morreu

Já não te sinto em mim
Já não te sinto em ti
Já não te sinto em mais ninguém
Sei que tu mentes
E tu também sentes que o nosso amor meu bem
Morreu

Ainda temos 
Um guarda vestidos
Com umas peças 
Esquecidas por lá

Algumas bolas de nafetalina
E o teu terno 
Feio 
De tafetá

As tuas cartas
Guardo para sempre
Na minha caixa 
Majenta de cartão

Já derreti
A minha aliança
Já penhurei 
A televisão

Escuta atentamente
Não volto a dizer
Sabes bem 
O nosso amor morreu

Já não te sinto em mim
Já não te sinto em ti
Já não te sinto em mais ninguém
Sei que tu mentes
E tu também sentes que o nosso amor meu bem
Morreu

Já não te sinto em mim amor
E pouco ou nada tenho para dizer
Entre nos dois eu já não sinto calor
E acho que nunca senti

Escuta atentamente não volto a dizer 
Sabes bem que o nosso amor morreu

Já não te sinto em mim
Já não te sinto em ti
Já não te sinto em mais ninguém
Sei que tu mentes
E tu também sentes que o nosso amor meu bem
Morreu

 

letra

 

Cerar os olhos ás 6 da manhã
Não é pró vida, não é pró vida
Substituir os hidratos de carbono
Pela bebida, pela bebida
Ter somente o aborrecimento
Por companhia, por companhia
Olhar pra diante e só ver o que está pra trás
Todo o dia, é todo o dia

Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração cresce
Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração!

Sempre soube ser, verde a esperança
É o que dizem, é o que dizem
Mas eu sei qu'é incolor a desgraça
Não olha aquém, não olha aquém
Mesmo regando ao dia a dia o meu canteiro
Murcham as flores, murcham as flores
Não se multiplicam pão nem peixe
Mas sim as dores, mas sim as dores

Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração cresce
Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração cresce
Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração cresce
Mas quando acordo tudo floresce
Meu coração cresce

Mas quando acordo tudo floresce
Ah ah ahhhhh
Mas quando acordo tudo floresce
Ah ah ahhhhh
Mas quando acordo tudo floresce
Ah ah ahhhhh
Mas quando acordo tudo floresce?
 


 

Coroner e Disaffected fecham cartaz do Vagos Open Air 2012

 

 

 

A confirmação das presenças dos suiços Coroner e dos portugueses Disaffected completa o cartaz da edição deste ano do Vagos Open Air, que se realiza na Lagoa de Calvão, em Vagos, nos dias 03 e 04 de Agosto.

 

Ambas, curiosamente, regressadas de longos hiatos, são duas bandas de referência na música extrema.

 

Estreantes nos palcos nacionais, os Coroner trazem em carteira uma carreira construída essencialmente ao longo dos anos 1980, onde o experimentalismo do seu thrash metal distinguiu-os como uma das bandas mais importantes do metal extremo europeu da época. Quando se separaram a meio da década de 1990 já contavam com cinco discos editados e duas compilações, com natural destaque para os hiper-técnicos “No More Colour” e “Mental Vortex”. Chegam a Portugal após passagens em festivais de referência como o Maryland Deathfest, o Bloodstock Open Air e o Hellfest.

 

Os Disaffected construíram ao longo dos anos 1990 uma reputação invejável no underground do nosso país, mantendo-se ainda hoje, e com apenas um disco editado, como uma das referências maiores do meio. Esta super-banda do metal nacional, conta com membros e ex-membros dos Sacred Sin, Decayed e Exiled na sua formação.

 

Estes dois nomes juntam-se assim às outras bandas de referência do metal internacional como Arcturus, Enslaved, Arch Enemy, At the Gates, Overkill, entre outros, que perfazem um dos cartazes 2012 de maior peso no nosso país.

 

O festival Vagos Open Air foi recentemente distinguido com o prémio “Vaga D’Ouro” para a área cultural.

 

Os bilhetes para o festival custam entre os 30€ (diário) e os 50€ (dois dias) e já estão à venda nos locais habituais.

 

Eis o cartaz completo do festival:

 

3 de agosto
At the Gates
Arcturus
Enslaved
Eluveitie
Northland
Disaffected

 

4 de agosto
Arch Enemy
Overkill
Coroner
Textures
Chthonic
Mindlock

 

Retirado de HardMúsica

 

Letra

 

OLHA A GERBERA
TROUXE A PRIMAVERA
E OS CRISÂNTEMOS JÁ ESTÃO EM FLOR

AS ACELERAS
ROSNAM COMO FERAS
A ABRIR CAMINHO PARA O ANDOR

NO OUTEIRO JÁ SE DANÇA
ELA NÃO DESCANSA
ENQUANTO NÃO ENCONTRA O PAR

DANÇA MENINA DANÇA
QUE O TEMPO É DE BONANÇA
ESTA NOITE UM DIA HÁ DE ACABAR

DANÇA MENINA DANÇA
QUE A NOITE É UMA CRIANÇA
(MESMO SEM TER PAR)

A JUVENTUDE
CHEIA DE SAÚDE
À PORTA DO CAFÉ CENTRAL

ATÉ O CURA
DANÇA E ASSEGURA
QUE A PADROEIRA NÃO LEVA A MAL

NO OUTEIRO JÁ SE DANÇA
ELA SÓ DESCANSA
QUANDO ENCONTRAR O PAR

DANÇA MENINA DANÇA
QUE O TEMPO É DE BONANÇA
ESTA NOITE UM DIA HÁ DE ACABAR

DANÇA MENINA DANÇA
QUE A NOITE É UMA CRIANÇA
MESMO SEM TER PAR...

DANÇA MENINA DANÇA
QUE A PRIMAVERA É MANSA
QUANDO O CORPO JÁ SÓ QUER DANÇAR 

A VIDA SÃO DOIS DIAS
E ALGUMAS NOITES FRIAS
E ESTA É PARA DANÇAR

Os Expensive Soul procuram um coro em Guimarães.

Os Expensive Soul foram convidados pelo Maestro Rui Massena e por Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura para apresentarem um espectáculo especial com orquestra, dia 28 de abril, no Pavilhão Multiusos de Guimarães.

Expensive Soul Symphonic Experience é o título deste espectáculo composto por músicas do duo de New Max e Demo. Ao vivo será apresentado pela banda, pelos jovens músicos da Fundação Orquestra Estúdio, por um coro de 100 elementos e por um grupo local de percussão de vinte bombos , num total de 250 elementos em palco.

Dia 1 de abril será feito um casting no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, para os elementos do Coro. O desafio destina-se a homens e mulheres, com mais de 16 anos. O casting arranca às 10 horas, sendo que os interessados terão de preencher uma ficha de inscrição, sendo avaliados por ordem de chegada.

Os candidatos deverão cantar um ou dois temas em português ou inglês para apreciação do júri composto pelo maestro Rui Massena e por elementos dos Expensive Soul – New Max, Demo e os três elementos do coro que irão dirigir os ensaios.

Este espectáculo será gravado para posterior edição em DVD.

 

retirado de Antena 3

ar de rock

Fernando Cunha é um veterano dos palcos, com projetos como osDelfins ou os Resistência a terem-lhe servido de passaporte para ver o mundo ligado a um amplificador ou encostado a um microfone. Agora, é com os Ar de Rock que celebra essa vida feita de rock e de canções.

 

Depois de uma estreia com um disco que se fez precisamente em cima do palco, os Ar de Rock estão de volta com «Mudam-se os Tempos», um álbum onde a identidade Ar de Rock se impõe num reportório que se volta a fazer de tesouros da memória da música portuguesa tão distintos como «Budapeste» dos Mão Morta, «Pastor» dos Madredeus, «A Vida num Só Dia» dos Rádio Macau, «A Bandeira» dos Delfins ou «Chuva Dissolvente» dos Xutos e Pontapés.

 

Apesar da variedade de propostas - onde se inclui até um original - o que emerge no novo trabalho é o distinto som dos Ar de Rock, um som que resulta do cruzamento invulgar de talentos no mesmo espaço.

É que nos Ar de Rock juntam-se músicos que têm currículos ligados aos Delfins e Resistência, mas também aos Polo Norte, Ritual Tejo, Sérgio Godinho, João Pedro Pais, LX 90, Ravel e Rádio Macau. Muitas sonoridades, muitas atitudes, mas uma mesma paixão pela música portuguesa, uma paixão que é o grande motor da banda em palco.

 

É já esta semana que os Ar de Rock levam ao palco o seu álbum «Mudam-se os Tempos» e nestes dois concertos a banda faz-se acompanhar por alguns amigos:

 

Na Sala TMN ao Vivo (29 de março) - Paulo Riço, Olavo Bilac e Rui Pregal da Cunha

No Hard Club (31 de março) - Luís Portugal, Rui Pregal da Cunha

 

Retirado de Sapo Música

 

letra

 

Entre O Sol E A Lua 

Ricardo Azevedo

 

Se hoje te dissesse que o sol brilha só para ti
Que as nuvens partiram e levaram a sombra que nos tentou afastar.
O dia vai acabar
Vou oferecer-te o luar
Porque o céu não é de ninguém.

Refrão:
Vem comigo esta noite
Vem comigo esta noite 
Agarrra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.
Se isso não chegar, ouve bem esta canção.
Hoje dou-te o meu coração.


Se eu pudesse voltar atrás no tempo
Tinha te dito que a terra gira por ti
O dia vai acabar
Vou oferecer-te o luar 
Porque o céu não é de ninguém 
Hum Hum 
Tenho que te dizer
Hum Hum
Tenho tanto para te dizer

Refrão:
Vem comigo esta noite
Vem comigo esta noite
Agarra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.
Se isso não chegar ouve bem esta canção
Hoje dou-te...
Hoje dou-te...
Hoje dou-te o meu coração.

 

Letra

 

Quero a vida pacata que acata o destino sem desatino
Sem birra nem mossa, que só coça quando lhe dá
comichão
À frente uma estrada, não muito encurvada atrás a
carroça
grande e grossa que eu possa arrastar sem fazer pó no
chão
e já agora a gravata, com o nó que me ata bem o
pescoço
para que o alvoroço, o tremoço e o almoço demorem a
entrar
quero ter um sofá e no peito um crachá quero ser
funcionário
com cargo honorário e carga de horário e um ponto a
picar 

Vou dizer que sim, ser assim assim, assinar a readers
digest
haja este sonho que desde rebento acalento em mim
ter mulher fiel, filhos, fado, anel, e lua de mel em
França
abrandando a dança, descansado até ao fim 

Quero ter um t1, ter um cão e um gato e um fato
escuro
barbear e rosto, pagar o imposto, disposto a tanto
quem sabe amiúde brindar à saúde com um copo de
vinho,
saudar o vizinho, acender uma vela ao santo
Quero vida pacata, pataca, gravata, sapato barato
basta na boca uma sopa com pão, com cupão de desconto
emprego, sossego, renego o chamego e faço de conta
fato janota, quota na conta e a nota de conto 

Vou dizer que sim ser assim assim assinar a readers
digest
haja este sonho que desde rebento acalento em mim
ter mulher fiel, filhos, fado, anel, e lua de mel em
França
abrandando a dança, descansado até ao fim 

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Se tem alguma letra que eu não tenha encontrado, pode enviar para o mesmo email