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A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

02 Mar, 2012

LOUSY GURU - Ampola

 

Letra

 

i fell asleep 
certainly by the intervention of a mysterious object 
that was falling from the ceiling

living in a strange way...
in that time, yes, me and my wife we were doing exercises, on the beach

we had such a marvelous night of love,
in my pillow there was a big bug,
oh, much bigger than Man

a terrible obsession took over me
and my cousins they seem so crazy
sometimes we meet conveniently undercover
according to the method of Lagrange

i live with Luigi Poleocapa (Pocapola), engineer of mirrors
like brothers, sleeping in peace

(Poema "Ampola miraculosa" de Alexandre O'neill, traduzido livremente para Inglês pelos Lousy Guru)

 

Obrigado André

A poesia, as imagens e as mulheres d'A Naifa

 

Logo pelo título, "não se deitam comigo corações obedientes", percebemos que o quarto disco d'A Naifa parte de palavras cortantes. Tal como nos anteriores, a poesia foi a base de canções que receberam, na fase final, um complemento visual. A uni-las está uma abordagem ao universo feminino, conta metade da banda ao SAPO Música.


"Ficámos com uma bela obra de arte, entre música, ilustrações e poesia", diz-nos Maria Antónia Mendes, ou Mitó, ao apresentar o novo disco d'A Naifa, o primeiro a contar com a segunda formação do projeto. Além da vocalista e do guitarrista Luís Varatojo, que falaram connosco, "não se deitam comigo corações obedientes" foi criado pelos elementos mais recentes: Sandra Baptista, no baixo, e Samuel Palitos, na bateria, que substituem João Aguardela, falecido em 2009, e Vasco Vaz.

 

As mudanças na formação não foram as únicas de uma banda que "não gosta de se repetir", realça Varatojo. Mitó salienta a aproximação mais forte ao universo feminino, já evidente no disco antecessor, "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" (2008), e que surge aqui reforçada tanto nas letras - com textos de Adília Lopes, Ana Paula Inácio, Margarida Vale de Gato, Maria do Rosário Pedreira e Renata Correia Botelho - como nas ilustrações - escolhidas a partir de um desafio feito a artistas plásticos, gráficos, ilustradores ou fotógrafos.

 

 

Ao vivo, esta Naifa, não necessariamente nova mas pelo menos diferente, também promete trazer novidades. A formação atual, que já partilhou palcos na digressão do ano passado, garante que, tal como no disco, a música e a imagem vão conhecer outros cruzamentos no novo ciclo de atuações.

 

Os concertos de apresentação de "não se deitam comigo corações obedientes" arrancam já esta sexta-feira, na Casa das Artes de Arcos de Valdevez, e percorrem o país nas próximas semanas. É também a partir desta noite que a edição física do disco pode ser comprada, uma vez que só chega às lojas no final do mês. Em contrapartida, a edição virtual está disponível há alguns dias através de uma aplicação para telemóvel. Afinal, estamos a falar de uma banda que não gosta de se repetir, nem mesmo na distribuição.

 

@Gonçalo Sá 

 

Via Sapo Música

 

 

 

letra

 

Inflamável

Pedro Madeira

Direto ao sol
Direto ao fim
Queimam-se as noites
De quem não viu mais em mim
Dou vida ao corpo

 

Direto a mim
Vindo de ti
Lançam-se as farpas
Num movimento contra mim
Dou vida ao corpo

 

Inflama a alma
Leva essa calma
De quem não arde por arder

 

Vivi por ti
Escondi-te em mim
Bebi o tempo para não o perder

 

A minha voz
O meu futuro
Quem gritou mais
Derrubou o muro

 

Inspiro a cal
Que sai do mundo
É o momento para um último segundo

 

E tu quem és?
E eu quem sou?
E nós quem fomos?
Para onde vou?
E o que deste?
O que fizeste?
Escolheste a morte
E eu já não estou
E eu já não estou

 

Direto ao sol
Direto ao fim


Queimam-se as noites
De quem não viu mais em mim
Dou vida ao corpo

 

Direto a mim
Vindo de ti
Lançam-se as farpas
Num movimento contra mim

Dou vida ao corpo

 

Segue o passado
Eu sigo o resto
Escreve o final que eu contesto

 

Respira sonhos
Respiro vida
Nem sempre a morte é a melhor saída

 

Queres esquecer
Queres perder
Mas se perderes
Não vais vencer

Vencer na vida


Escolher ganhar
É o mais passo para quem quer ficar

 

E tu quem és?
E eu quem sou?
E nós quem fomos?
Para onde vou?
E o que deste?
O que fizeste?


Escolheste a morte
E eu já não estou
E eu já não estou

Direto ao sol
Direto ao fim


Queimam-se as noites
De quem não viu mais em mim
Dou vida ao corpo

 

Direto a mim
Vindo de ti
Lançam-se as farpas


Num movimento contra mim
Dou vida ao corpo

Direto ao sol
Direto ao fim
Queimam-se as noites
De quem não viu mais em mim


Dou vida ao corpo

Direto a mim
Vindo de ti
Lançam-se as farpas
Num movimento contra mim
Dou vida ao corpo

Dou vida ao corpo

Sétima Legião e Madredeus regressam aos palcos a assinalar os seus 30 e 25 anos de carreira

 

Sétima Legião e Madredeus regressam aos palcos a assinalar os seus 30 e 25 anos de carreira. Volta também a haver Clubbing, e Jane Birkin canta Gainsbourg na Primavera, no Porto

 

O regresso aos palcos de duas bandas que marcaram a música portuguesa nas últimas três décadas: os Sétima Legião e os Madredeus; concertos com Aloe Blacc e John Cale, a marcar o retomar das noites Clubbing em novos moldes; e a passagem pelo Porto da digressão Jane Birkin canta Gainsbourg são os pontos altos da programação não erudita da Casa da Música para o próximo trimestre, ontem anunciada no Porto.
Os Sétima Legião iniciam na Sala Suggia, a 29 de Abril, a digressão comemorativa dos 30 anos da banda fundada em 1982 por Rodrigo Leão, Pedro Oliveira e Nuno Cruz, e que viria a marcar o pop-rock nacional dessa década, deixando como património temas como Sete mares, Por quem não esqueci ou Glória. O concerto repete-se no Coliseu de Lisboa a 4 de Maio. Com a mesma sequência - no Porto, a 27 de Maio, e em Lisboa, no CCB, quatro dias depois -, os Madredeus, recém-regressados à cena musical depois da saída de Teresa Salgueiro, apresentam-se igualmente na Casa da Música com a digressão Essência, que assinala os 25 anos do grupo de Pedro Ayres Magalhães e Carlos Maria Trindade, agora também reforçado com a nova voz de Beatriz Nunes.
Mas haverá muito mais música portuguesa na Casa da Música nestes meses de Primavera: Sara Tavares canta já esta noite, seguindo-se-lhe Paulo de Carvalho (25 de Março) com o seu espectáculo de 50 anos de carreira; Mónica Ferraz (28 de Março), agora a solo com o concerto "Start Stop", depois de ter sido lançada com o projecto Mesa; Luísa Sobral (13 de Abril), com o disco "The Cherry on My Cake"; Rita Redshoes (5 de Maio), com o espectáculo "The Other Women - O Mundo nas Canções d"Elas". E também a banda Naifa, que amanhã inicia, na Casa das Artes de Arcos de Valdevez, a digressão nacional de apresentação do álbum "Não se deitam comigo corações obedientes", o primeiro desde a morte de João Aguardela, e que chegará ao Porto a 12 de Abril. 
O director artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, acredita que este calendário de música portuguesa não só "reforça a diversidade como mantém a qualidade da programação", além de que a abre "a nichos da sociedade" que até agora não têm visto o seu gosto contemplado nos palcos da instituição.
Em contexto de crise - que, no entanto, não tem tido reflexo na afluência dos públicos à Casa da Música nos dois primeiros meses do ano, em que se têm registado "quase sempre casas cheias", nota António Jorge Pacheco -, o Clubbing vai também regressar, mas em novo formato. Assim, a partir de 5 de Abril, em que o músico e DJ francês Joakim (mais um momento do Ano França) anima o restaurante, o agora baptizado Optimus Clubbing vai ter 12 sessões até final do ano, mas que serão divididas entre uma versão mais minimal, apenas com animação no 7º piso da Casa, e outra centrada no grande concerto na Sala Suggia estendendo-se depois aos bares. Aqui, os acontecimentos serão os regressos ao Porto de Aloe Blacc, agora para um espectáculo só com voz e quinteto de cordas, e do ex-Velvet Underground John Cale, de novo em modo electrónico e a vogar entre o seu disco mais recente, "Extra Playful", e a revelação de temas do novo, anunciado para este ano.
E, a 16 de Maio, a cantora-actriz Jane Birkin traz à cidade o universo musical do genial compositor já desaparecido Serge Gainsbourg, na continuação da digressão musical iniciada no final de 2010 no Japão, com um quarteto dirigido pelo pianista Nobuyuki Nakajima. 

Letra

 

Tástabater

Boss AC

Não tem emprego, vive com os pais
É bom rapaz só que fala demais
É todo cliché, adora a tv
Quer ser famoso mas não sabe com quê
É vê-lo na praia, trabalha pó bronze
Vinte e tal anos, a cabeça tem onze
Vive no gym, supino puxa cem
Carro emprestado, carta não tem
Meteu-se com a vizinha, é atrevido
Armou-se em parvo, levou do marido
Lábio rachado, nariz está partido
Diz que são férias mas foi despedido
É tudo aldrabice, só muda o dia
Conversa é banal, só diz porcaria
Tem namorada, ninguém nunca a viu
Gosta com pêlo mas nunca assumiu, alguém lhe diga

 

Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber

 

Se tás à espera de elogios, tástabater
E só queres impressionar, tástabater
Quando vives de aparências, tástabater
Não tens onde cair morto mas, tástabater

Ela é tão gira, vinte um fez há pouco
Se não tens guita, ela não te dá troco
Julga-se vip, é importante
Bem arrogante, sempre elegante
Só compra roupa de marca e requinte
Usa e devolve no dia seguinte
Conhece toda a gente, é uma querida
É vê-la nas festas só pela comida
Leva na mala um tupperware
Guarda pitéu que ninguém quer
Assim conheceu, o namorado
Ela na escola, ele já reformado
Rugas na cara cabelo todo branco
Por coincidência é dono dum banco
Ela é mimada, ele generoso
Ela é novinha, ele é idoso, alguém lhe diga

 

Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber, tás,
Tástabater, tás, tástaber

 

Se tás à espera de elogios, tástabater
E só queres impressionar, tástabater
Quando vives de aparências, tástabater
Não tens onde cair morto mas, tástabater

Letra
Ai, Mouraria 
da velha Rua da Palma, 
onde eu um dia 
deixei presa a minha alma, 
por ter passado 
mesmo ao meu lado 
certo fadista 
de cor morena, 
boca pequena 
e olhar trocista. 

Ai, Mouraria 
do homem do meu encanto 
que me mentia, 
mas que eu adorava tanto. 
Amor que o vento, 
como um lamento, 
levou consigo, 
mas que ainda agora 
a toda a hora 
trago comigo. 

Ai, Mouraria 
dos rouxinóis nos beirais, 
dos vestidos cor-de rosa, 
dos pregões tradicionais. 
Ai, Mouraria 
das procissões a passar, 
da Severa em voz saudosa, 
da guitarra a soluçar. 
Assobio - Fado 2.0

Marco Rodrigues com Maria Gadú nos Coliseus

Marco Rodrigues é o convidado especial de Maria Gadú para os seus concertos nos Coliseus, a decorrerem a 24 e 26 de maio, em Lisboa e no Porto, respetivamente.

 

Note-se que o músico participa no novo álbum da artista brasileira, “Mais uma página”, com o tema A Valsa.

 

O brasileiro Lenine é responsável por outra das colaborações do disco, que estará em apresentação nas duas datas da cantora em Portugal.

Os bilhetes para o concerto de Lisboa custam entre €25 e €60.

 

Os bilhetes para o espetáculo do Porto custam entre €20 e €55. Ambos estão à venda nos locais habituais.

 

Sara Novais

 

Via Sapo Música

 

letra

 

Um Contra O Outro 

 

Deolinda

 

Anda
Desliga o cabo
Que liga a vida
A esse jogo
Joga comigo
Um jogo novo
Com duas vidas
Um contra o outro

Já não basta esta luta contra o tempo
Este tempo que perdemos a tentar vencer alguém
E ai fim ao cabo
Que é dado como um ganho
Vai-se a ver desperdiçarmos
Sem nada dar a ninguém

Anda
Faz uma pausa
Encosta o carro
Sai da corrida
Larga essa guerra
Que a tua meta
Está deste lado da tua vida

Muda de nível
Sai do estado invisível
Põe o modo compatível
Com a minha condição
Que a tua vida
É real e repetível
Dá-te mais que o impossível
Se me deres a tua mão

Sai de casa e vem comigo para a rua
Vem, que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens (2x)

Anda
Mostra o que vales
Tu nesse jogo
Vales tão pouco
Troca de vício
Por outro novo
Que o desafio
É corpo a corpo

Escolhe a alma
A estratégia que não falha
O lado forte da batalha
Põe no máximo que der
Dou-te a vantagem
Tu com tudo
E eu sem nada
Que mesmo assim desarmada
Vou-te ensinar a perder

Sai de casa e vem comigo para a rua
Vem, que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens (2x)

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envie um email para: olharparaomundo (arroba) sapo.pt
Se tem alguma letra que eu não tenha encontrado, pode enviar para o mesmo email

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