Letra
Sonho em como algures li
com ondas e mar maduro
e um fado que não vivi
num futuro
este destino traçado
é minha sina sem fim
não sou eu quem canta o fado
ele é que me canta a mim
é por isso que eu não quero
é amarra que não solta
minha boca, minha alma em desespero
e sempre volta
este destino traçado
é minha sina sem fim
não sou eu quem canta o fado
ele é que me canta a mim
Música e Letra: Dulce Pontes / Piano e (...)
Letra
Quando Lisboa anoitece como um veleiro sem velas Alfama toda parece Uma casa sem janelas Aonde o povo arrefece
É numa água-furtada No espaço roubado à mágoa Que Alfama fica fechada Em quatro paredes de água Quatro paredes de pranto
Quatro muros de ansiedade Que à noite fazem o canto Que se acende na cidade Fechada em seu desencanto Alfama cheira a saudade
Alfama não cheira a fado Cheira a povo, a solidão, Cheira a silêncio magoado Sabe a tristeza com pão (...)
Peregrinar é percorrer um caminho para encontrar algo. Foi o que Dulce Pontes, cantora, instrumentista, compositora, arranjadora, produtora, fez nos últimos 5 anos. Álbum duplo, Peregrinação é o resultado deste caminho, uma viagem interior e emocional sobre a vida em momentos difíceis e menos difíceis. Cantado em português, castelhano, galaico-português e com um tema em inglês, Peregrinação reflecte a vivência da artista, conciliando harmoniosamente diferentes autores (...)
Letra
O fado nasceu um dia Quando o vento mal bulia E o céu o mar prolongava Na amurada de um veleiro No peito de um marinheiro Que estando triste cantava
Ai que lindeza tamanha Meu chão, meu monte, meu vale De folhas, flores, frutas de oiro Vê se vês terras de Espanha Areias de Portugal Olhar ceguinho de choro
Na boca de um marinheiro No frágil barco veleiro Cantando a canção magoada Diz o pungir dos desejos Do lábio a queimar de beijos Que beija o ar e mais nada
Mã (...)
Letra
Lua que brilha branca na manhã Sobre o mercado dos melões de Ouro Curiosa espreita as casas cor de rosa À procura do nosso tesouro
O segredo a descobrir está fechado em nós O tesouro brilha aqui embala o coração mas Está escondido nas palavras e nas mãos ardentes Na doçura de chorar nas carícias quentes
No brilho azul do ar uma gaivota No mar branco de espuma sonoro Curiosa espreita as velas cor de rosa À procura do nosso tesouro
O segredo a descobrir está (...)
Dulce Pontes compositora volta a musicar um poema de Fernando Pessoa como fez em 1996 com "O Infante". Precisamente do livro "Mensagem", publicado em 1934, extrai "Nevoeiro" poema universal, numa composição com um forte ritmo sincopado onde se unem em crescendo piano, concertina, trio de saxofones e percussão. A voz de Dulce Pontes é mais “dura” do que o habitual para esta inspirada composição que culmina epicamente com o verso “É a hora”. Á (...)
Letra
A máquina dos discos Engasgou-se emudeceu A velha ventoínha Desistiu por fim O tampo do balcão Bebeu demais e adormeceu A mobília resiste assim assim O palco sujo boceja O escarrador demitiu-se Do seu cargo infeliz O strip-tease acabou há hora e meia Mas ainda há um tanso a pedir bis Un marinheiro bêbado ressona em dó menor Cansado de dançar um tango arrasador A tatuagem dedicada à mãe com muito amor Não se percebe bem perdeu a côr E a loira platinada ainda (...)
Trasladação de Eusébio vai contar com homenagens de Rui Veloso e Dulce Pontes A cerimónia de trasladação dos restos mortais do futebolista Eusébio vai ter atuações musicais por Rui Veloso e Dulce Pontes, anunciou hoje a Presidente da Assembleia da República, em comunicado. O cortejo fúnebre de 3 de julho vai ter início às 15h15, com a saída da urna do antigo internacional português do cemitério do Lumiar em direção ao Seminário da Luz, onde vai decorrer uma missa (...)
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