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A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

A Música Portuguesa

Em terras Em todas as fronteiras Seja bem vindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também

No passado dia 31 de Outubro, o Trovante subiu ao palco do Coliseu dos Recreios para celebrarem os 35 anos de carreira, num espactáculo que marcou pela positiva.

Os oito músicos do Trovante receberão a medalha de mérito municipal de ouro da autarquia na quinta-feira às 12:00 no salão nobre dos Paços do Concelho com as presenças do presidente da Câmara Municipal, António Costa, e da vereadora da cultura, Catarina Vaz Pinto.

O Trovante, "um grupo de miudos que se juntou em 1976 em torno da música", terminou em 1990, data do lançamento do álbum "Um destes dias", mas os seus membros voltaram a reunir-se várias vezes nos últimos anos para concertos.

Foi no dia 31 de Outubro de 1991 com o álbum "Um destes dias", que o grupo deu o seu último concerto, e curiosamente no Coliseu dos Recreios. Essa data foi lembrada por Luis Represas dizendo "somos, talvez, o livro de memórias de nós próprios que é muito bom de abrir de vez em quando. Chegámos a pensar não o abrir mais mas ainda bem que o fizemos".

 

O grupo voltou a juntar-se quando celebraram as bodas de prata, num concerto no Pavilhão Atlântico, apadrinhado por Jorge Sampaio, na altura Presidente da República. Represas referiu-se ao ex-presidente como um "amigo profundo da música portuguesa que nunca se recusou a sentar numa cadeira onde houvesse artistas portugueses".

 

 

Naquele mesmo palco em 1984 o grupo a convite do, na altura, realizador da RTP, José Nuno Martins ousaram aceitar o desafio de no tema "Esplanada" aparecerem "todos vestidos de branco e com um cenário de esplanada". Luis Represas relatou a aventura "começara a tocar o tema e estavamos todos paralisados noplaco a olhar para o infinito". Continunado disse "nem as pessoas percebiam o que estava a passar, nem nós". Rematou "acabada que foi essa sessão de tortura colectiva, saimos para trocar de roupa. Tinhamos só 20 segundos. Enquanto o Manuel vestia o acordeão eu atava-lhe os sapatos".

 

No tema "Xacara das Bruxas", o público que quase esgotou o coliseu, acompanhou o grupo cantando e com palmas.


Por sua vez o tema "Travessa", que na opinião de Luis Represas é uma "homenagem à terra de nascensa de uns e de adopção de outros". nesta altura pediu um aplauso para António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas poucos foram os que o fizeram.
Mas as homenagens a Lisboa não se ficaram por ali, pois com "Lisboa", foi a vez do poeta portista Eugénio de Andrade, que o grupo arranjou musicalmente, o fazer.

 

De seguida foi a vez de um duo, feito pelos dois elementos mais mediaticos do grupo, Luis Represas e João Gil. Interpretaram "Um caso mais", que o público acompanhou em unissono.

 

O momento alto da noite deu-se quando soam os primeiros acordes de piano do tema "Perdidamente", o poema de Florbela Espanca. O coliseu cantou e no fim, quase que vinha abaixo com os fortissimos aplausos, alguns até em pé.

Luis Represas aproveitou para enviar alguns recados quando afirmou "serve a música, pintura e outras artes para nos livrar dos nosos fantasmas". Continuando disse "a cultura é transverssal e não podemos deixar que sirva de moeda de troca". Concluiu "temos de ser nós a fazer por este país"!

 

Foi um concerto onde muitos dos espectadores reviveram momentos do passado em conjunto com o grupo. No final o Hardmusica ouviu algumas opiniões sobre o concerto, como "eles continuam vivos"; "venham mais 35"; "foi muito bom voltar a sentir a energia deles". Também foi possível verificar algumas pessoas com a lágrima no canto do olho.

O Trovante são José Martins, José Salgueiro, João Nuno Represas, Manuel Faria, Fernando Júdice, Luís Represas, Artur Costa e João Gil estão, como alguém gritou da plateia, "como o vinho do Porto".

 

 

Via HardMúsica

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